Projeto Jovem de Futuro


Instituto Unibanco

Fundado em 1982, o Instituto Unibanco é o responsável pelo investimento social do conglomerado Unibanco. Sua missão é a de contribuir para o desenvolvimento humano de jovens em situação de vulnerabilidade, por meio da concepção, validação e disseminação de princípios e tecnologias sociais capazes de aumentar a efetividade de políticas públicas, especialmente na área da educação.

Para atingir seus objetivos, o Instituto desenvolve projetos em parceria com governos estaduais e dezenas de organizações da sociedade civil, em todo o país. Em grande parte, esses projetos estão orientados para a melhoria do Ensino Médio oferecido por escolas públicas, considerada uma questão crucial para o futuro da juventude e para o desenvolvimento sustentável do país.
O Instituto Unibanco visa a reforçar no jovem o nexo entre educação e trabalho, por meio da Lei de Aprendizagem; despertar uma visão de futuro, para que ele desenvolva um senso de responsabilidade por suas ações nos campos econômico, social e ambiental; além de ampliar seu universo cultural.

Todas essas ações devem confluir para o jovem que está cursando o Ensino Médio em escolas públicas – foco de atuação do Instituto Unibanco. Seus principais projetos são o Jovem de Futuro e o Entre Jovens.

Missão: contribuir para o desenvolvimento humano de jovens em situação de vulnerabilidade.

Valores: transparência; responsabilidade e co-responsabilidade; excelência dos resultados; conhecimento; coragem de ousar; identidade como força e integração.

Objetivos estratégicos: incentivar e apoiar a formulação de políticas públicas voltadas à juventude; identificar, produzir e disseminar conhecimento sob forma de informações, estudos e tecnologias sociais; garantir padrões de eficiência, eficácia e efetividade para a obtenção de resultados.


O que é o Projeto Jovem de Futuro?

Trata-se de uma ação concebida pelo Instituto Unibanco, e desenvolvida em parceria com governos, para escolas públicas de Ensino Médio, com o objetivo de aumentar o desempenho escolar dos alunos e diminuir os índices de evasão. Para atingir esses objetivos, as escolas participantes recebem apoio técnico e financeiro para a concepção, implantação e avaliação de um Plano de Melhoria de Qualidade, com duração de três anos, ou seja, o ciclo das três séries do Ensino Médio.

As escolas públicas participantes recebem apoio técnico para a elaboração de um plano estratégico, utilizando a metodologia do Marco Lógico, assistência técnica para uma “gestão para resultados” e R$100,00 (cem reais) por aluno do Ensino Médio/ ano, para a implantação desse plano. Em contrapartida, comprometem-se a melhorar substancialmente o desempenho de seus alunos no SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica – na 3ª série do Ensino Médio, em Língua Portuguesa e em Matemática e a diminuir seus índices de evasão.

Essas escolas têm autonomia para decidir sobre prioridades na alocação dos recursos - já que a comunidade escolar deve ser a protagonista das transformações que considera necessárias - desde que priorizem estratégias de incentivo a professores (fundo de apoio a projetos pedagógicos, capacitação, premiação por frequência e rendimento dos alunos), incentivos para alunos (programa de monitoria, fundo para atividades, premiação por desempenho, fundo para necessidades especiais, acesso à cultura) ou melhoria da infraestrutura.

O Projeto Jovem de Futuro: Melhoria da Qualidade do Ensino Médio baseia-se no princípio de que um pequeno investimento de recursos técnicos e financeiros, colocado à disposição de qualquer escola pública, o qual respeite a autonomia e o protagonismo da comunidade escolar, pode trazer um impacto significativo nos resultados, desde que esteja direcionado para que a comunidade escolar se mobilize em torno de metas e estratégias pactuadas; reforce a gestão para resultados e ofereça incentivos para professores e alunos.

São os seguintes os princípios e premissas do Projeto Jovem de Futuro:
I. Melhorar as condições humanas e materiais do ambiente escolar traz resultados positivos aos estudantes.
II. Todas as partes integrantes da unidade escolar devem estar envolvidas em torno do objetivo comum de transformar a realidade da escola.
III. Envolvimento e compromisso da comunidade escolar se conquistam com motivação.
IV. Indivíduos motivados são causas geradoras de transformação social.

Assim, o Projeto Jovem de Futuro estimula as escolas a implementarem:
• incentivos para professores, tais como premiação por pontualidade e assiduidade, acesso à capacitação, fundos para projetos pedagógicos;
• incentivos para alunos, como bolsas-monitoria, fundos para desenvolvimento de projetos/atividades, premiação por desempenho e , acesso a atividades culturais;
• melhorias no ambiente físico, por meio da aquisição de equipamentos, novos recursos didáticos, materiais pedagógicos e pela realização de pequenos reparos

A melhoria da qualidade da escola e do ensino depende de um processo que garanta a autonomia da comunidade escolar (direção, professores, alunos e pais) na identificação dos fatores que interferem nos resultados de sua ação educativa, além da concepção, implantação e avaliação de um Plano Estratégico de Melhoria de Qualidade.


O Projeto Jovem de Futuro também parte do pressuposto de que cada escola apresenta especificidades que devem ser apuradas e respeitadas, ou seja, que cada escola apresenta necessidades específicas, relacionadas ao clima escolar ou ao apoio e desenvolvimento de projetos pedagógicos. Considerando a pluralidade de circunstâncias das escolas, e as múltiplas dificuldades que encontram, o Projeto prevê a cuidadosa elaboração de um Plano Estratégico de Melhoria de Qualidade, cujo sucesso dependerá de uma análise preliminar e minuciosa das condições e deficiências de cada escola, passo necessário para a imaginação e a realização das soluções adequadas.


Metas

A execução do Projeto Jovem de Futuro está orientada para o alcance de algumas metas fundamentais:
• reduzir em 40% os índices de evasão/abandono escolar, desta etapa de escolaridade;
• aumentar a média da escola, do Ensino Médio em, no mínimo, 25 pontos;
• diminuir em 50% o percentual de alunos no padrão de desempenho “Baixo“, nas disciplinas avaliadas.


Como consequência, o projeto tem ainda como meta a melhoria do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - das escolas envolvidas. Nesse passo, vale lembrar que o IDEB é constituído por indicadores de rendimento e fluxo escolar, em harmonia com as metas fundamentais do Projeto Jovem do Futuro.


Sabemos que essas metas, mensuráveis através de indicadores, só serão alcançadas por uma mudança mais ampla, e para melhor, de toda a escola. Por isso, o Projeto Jovem do Futuro abriga ainda a ambição de:

(a) fomentar a melhoria do clima escolar, no que se refere ao respeito, solidariedade, disciplina e diminuição da violência;

(b) oferecer condições para a melhoria da formação e das condições de trabalho dos profissionais da escola;

(c) promover uma cultura de avaliação como instrumento de aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem;

(d) apoiar a gestão participativa e guiada por resultados;

(e) contribuir para a melhoria do ambiente físico escolar com relação a instalações e equipamentos.

[1] O IDEB é um indicador sintético adotado pelo MEC – Ministério da Educação – calculado a partir de dois componentes: taxa de aprovação e média de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente, e as médias de desempenho utilizadas são as do SAEB.